Saúde da Mulher: dicas para prevenção de doenças e adoção de hábitos saudáveis

Crédito: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde

A saúde da mulher demanda cuidados específicos devido a fatores biológicos, sociais e comportamentais únicos. Isso inclui diferenças hormonais, maior exposição a violências e desigualdades associadas ao gênero, além da suscetibilidade a doenças específicas, como câncer de mama e câncer do colo do útero.

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que são provocadas ou agravadas por fatores externos, representam um desafio significativo para a saúde da mulher. Historicamente, essa população tende a desenvolver hipertensão mais que os homens – nas capitais brasileiras, a prevalência alcança 29,6% entre as mulheres adultas, segundo dados de 2023 consultados no Observatório da Saúde Pública.

Neste contexto, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Atenção Integral à Mulher, que traz diretrizes para promover a saúde e a qualidade de vida em todas as idades, enfatizando a participação ativa das mulheres no cuidado com a sua saúde. Lembre-se que cuidar da sua saúde é um ato de amor-próprio. Confira abaixo dicas para promoção da saúde e prevenção de doenças, além de outros indicadores de saúde das mulheres brasileiras.

Prevenção de doenças crônicas: cuidados essenciais para a saúde da mulher

Entre o grupo de mulheres com diagnóstico de pressão alta nas capitais, 39,6% não praticam exercícios físicos, de acordo com dados disponíveis no Observatório da Saúde Pública.

Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento das DCNT são o sobrepeso e a obesidade. Nas capitais brasileiras, quase uma em cada seis mulheres adultas (59,4%) estão com sobrepeso ou obesidade, segundo dados de 2023 do Vigitel. Neste caso, no entanto, a prevalência é ainda mais elevada entre os homens – 63,3%.

Além de um fator de risco, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a obesidade como uma doença crônica. Os principais fatores de risco comportamentais são alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool. 

Autocuidado e bem-estar: hábitos saudáveis para a saúde da mulher 

O autocuidado refere-se às práticas e escolhas que uma pessoa faz para cuidar de sua própria saúde e bem-estar – especialmente para as mulheres, que assumem muitas vezes múltiplos papéis na sociedade, gerando sobrecarga  e consumindo o tempo que teriam para cuidar de si mesmas.

A prática regular de atividade física é uma medida simples que pode resultar em muitos benefícios para a manutenção do bem-estar físico e mental. Um estudo de 2024 do Journal of the American College of Cardiology sugere que exercícios físicos regulares são mais benéficos para as mulheres do que para os homens no controle do peso corporal e na prevenção de doenças cardiovasculares. No entanto, dados do Vigitel (2023) disponíveis no Observatório da Saúde Pública indicam que elas se exercitam menos. Nas capitais brasileiras, 58,9% dos homens têm perfil de atividade física, contra 49,9% das mulheres.

Manter uma dieta saudável, rica em frutas, verduras, legumes e proteínas magras, e evitar alimentos ultraprocessados, também é fundamental. Esse cuidado contribui na prevenção de obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Além de uma alimentação saudável e da prática regular de atividade física, a realização de exames preventivos, como a mamografia e o papanicolau, é essencial para a detecção precoce de doenças como o câncer de mama e do colo do útero, aumentando as chances de cura.

Priorizar o autocuidado, incluindo tempo para lazer, sono e gerenciamento do estresse, é vital para a saúde física e mental.  Adotar hábitos saudáveis beneficia não apenas a mulher, mas também toda a sociedade, pois as mulheres contribuem ativamente para o progresso das suas comunidades.