ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E MORBIMORTALIDADE POR DOENÇAS CRÔNICAS EVITÁVEIS EM PEQUENOS MUNICÍPIOS
Metadados
Tipologia documental
Título
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E MORBIMORTALIDADE POR DOENÇAS CRÔNICAS EVITÁVEIS EM PEQUENOS MUNICÍPIOS
Autores
Cássia Regina Gotler Medeiros,Lydia Christmann Espindola Koetz,Magali Teresinha Quevedo Grave,Luciane Marques Raupp,Morgana Salvadori,Ana Luísa Freitag
Resumo
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis configuram-se como a principal causa de morte no mundo, especialmente em regiões menos desenvolvidas. O objetivo do trabalho foi investigar o perfil epidemiológico das doenças crônicas não transmissíveis nos municípios que integram a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, no Rio Grande do Sul, dentre as que constam na Lista Brasileira de Mortes Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde, e relacionar com a cobertura da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo das doenças crônicas não transmissíveis evitáveis e das internações por condições crônicas consideradas sensíveis à atenção primária, correlacionando os óbitos e as internações com a cobertura da Estratégia de Saúde da Família na região, no período de 2001 a 2010, na população de 20 a 74 anos. Os resultados indicaram que os óbitos evitáveis por doenças crônicas não transmissíveis representaram 41,30% entre os óbitos por todas as causas. Em ordem de prevalência, destacaram-se as neoplasias malignas (17,38%), a doença isquêmica do coração (10,59%), a hemorragia intracerebral (4,30%), o diabetes mellitus (3,79%), a doença hipertensiva (2,15%), a insuficiência cardíaca (1,93%), doenças pulmonares obstrutivas crônicas (0,94%) e a aterosclerose (0,21%). As internações reduziram 49,32% e os óbitos 28,56%, apresentando correlação inversa com a cobertura de Estratégia Saúde da Família. Observou-se impacto positivo do aumento da cobertura da Estratégia Saúde da Família na redução da morbimortalidade evitável por doenças crônicas não transmissíveis. Concluiu-se que devido à região ser composta por pequenos municípios, onde a atenção básica é a principal ou única oferta de serviço de saúde no território, há a necessidade de organização de uma rede de atenção às pessoas com doenças crônicas na Região de Saúde.
Palavras-chave: Políticas públicas de saúde. Assistência à saúde. Avaliação em saúde. Doenças crônicas.