Nurses’ perception regarding their health and working conditions during the COVID-19 pandemic
Metadados
Tipologia documental
Título
Nurses’ perception regarding their health and working conditions during the COVID-19 pandemic
Autores
Tanyse Galon,Vera Lucia Navarro,Angélica Martins de Souza Gonçalves
Resumo
Abstract Objective: to identify working conditions and their effects on nursing professionals’ health during the COVID-19 pandemic, based on the workers’ own perceptions. Methods: qualitative research carried out with 15 nursing professionals interviewed through online focus group. We analyzed the interviews content based on hermeneutics-dialectics. Results: nurses reported that the pandemic worsened their historic, chronic, and precarious working and health conditions, marked by increased workload, lack of personal protection equipment and material resources, shortage of professionals and devaluation of their jobs, generating a perceived dehumanization at work, with nurses feeling as “machines” and “numbers”. Mental suffering due to the risk of contamination, the frequent death of co-workers, patients, and family members, lack of societal support concerning protective measures, and the increasing demands for performance and productivity generates anxiety, depression, and stress. Conclusion: the COVID-19 pandemic enhanced nurses’ mental suffering and the precariousness of their work, urging the improvement of their working conditions and health promotion, essential for workers’ protection and dignity.
Resumo Objetivo: identificar as condições de trabalho e seus reflexos na saúde de profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19, a partir das percepções dos próprios trabalhadores. Métodos: pesquisa qualitativa desenvolvida com 15 profissionais de enfermagem entrevistados por meio de grupos focais online. O conteúdo foi analisado a partir da perspectiva da hermenêutica-dialética. Resultados: os trabalhadores relataram que a pandemia agravou uma histórica, crônica e precária condição de trabalho e saúde, marcada pelo aumento da sobrecarga laboral, falta de equipamentos de proteção individual e de recursos materiais para a assistência, escassez de profissionais e desvalorização da categoria, o que gerou uma percepção de desumanização no trabalho ao se sentiram como “máquinas” ou “números”. O sofrimento mental diante do risco de contaminação, da morte frequente de pacientes, colegas de trabalho e familiares, da falta de apoio da sociedade em relação às medidas protetivas e das cobranças crescentes por desempenho e produtividade geraram sintomas de ansiedade, depressão e estresse. Conclusão: a pandemia de COVID-19 intensificou a precarização do trabalho da enfermagem e o sofrimento mental dos profissionais, o que torna urgente a busca de melhorias nas condições de trabalho e de promoção da saúde, fundamentais à proteção e à dignidade dos trabalhadores.